segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Madame M.

Não te tenho nos braços
Não acordo mais cedo
Não me afogo em marasmo
Não me engano em desejos

Minha morte vem em passos
Pegadas no tempo, espaço
Minha ferida se abriu
Quando madame morte sorriu
Minha alma embriagada
Meu nome, não me diz mais nada
Sonolência matinal me assola
Mas madame morte não me quis

Não sorrio ha meses
Não sinto mais frio
Não acredito mais neles
Não me esforço, não crio

Minha canção vem com ventos do norte
Azul, azul anil
Me olha como o mistério cor de rosa
Olha como ele me sorriu
Apaga minha vontade,
Ascende, ascende tarde
E me acena com a lembrança
De que um dia vou voltar,
Inteiro, prometo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário