terça-feira, 26 de outubro de 2010

Porcos e perolas

Assim caminha a humanidade
De mãos dadas com o tremor
Chove sangue, chove lagrimas
E os porcos usam suas perolas para o jantar
Hoje quando eu acordei
Vomitei as minhas crenças
Senti falta do meu amor
Quando me olhei no espelho
Eu vi o olho cego de uma vida
Enxergando a união
O povo não quer mais matar
O povo luta contra o povo
O povo mata com facão
O povo confunde paz com guerra
O povo confunde genocídio com razão
Quanto vale a vida?
Por quanto tu me vendeu?
Me diga, quanto vale uma barata?
Quanto vale um kg de feijão?
Vale mais do que minha fome?
Vale mais do que um irmão?
Não quero comer terra novamente essa noite
Não quero dividir contigo essa punição
Olho longe o horizonte
Sinto perto uma esperança
De que se nos amarmos fortemente
Nos salvaremos da ingratidão

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