terça-feira, 16 de novembro de 2010

O sangue que subiu para a cabeça

Ninguém habita esse corpo depois que ela se foi
Mas se ninguém passa em frente como posso enxergar?
No dia em que as rainhas tiverem a cabeça cortada
Quem sabe eu faça de tudo para aquele dia voltar

O suicídio se tornou um exercício cotidiano
Vermelho é uma cor bonita para se enxergar
Depois você me chama de exagerado
E vejo vultos e uma linha a me costurar

Eu falei, mas a culpa não foi minha
Culpe o sangue
O sangue que subiu para a cabeça
Tudo bem, fui eu que falei
Mas eu juro
A culpa não foi minha
O sangue que subiu para a cabeça

Eu não sabia, não sabia que tu ia sangrar
Foi muito forte, foi um impulso
Pulei tão alto que alcancei o vazio
Achei que talvez eu pudesse voar
Mas não, o teu vermelho não é tão lindo quanto o meu
O teu vermelho dói
Mas eu juro
A Culpa não foi minha
Culpe o sangue que subiu para a cabeça

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