Abutres, abutres sobrevoam
O pão nosso de cada dia
Perdoai as nossas ofensas
Mas não perdoai as nossas diferenças
E assim perpetuamos
O fétido espírito humano
Que com podridão sempre está a guerrear
Se ele soubesse disso
Teria avisado Noé?
Ou ensinaria todos os animais a nadar?
Garanto que nunca te ensinaram a roubar
Mas tu aprendeu sozinho
Mal tinha saído do ninho
E já lograva a própria mãe no jantar
Tua carne não é mais pão
Por que pão falta na mesa
Mas em certas casas sobra beleza
Comprada com dinheiro sujo
De quem nunca vai aos tribunais
Não nos deixei cair em tentação
Livrai-nos de nós mesmos
Louvado seja deus
Que nos uniu no amor de Cristo
Que nos traiu com sua divina santidade
Que nos abandonou nesse grande circo
Que nos puniu como animais irracionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário